Por Rogéria Araújo*

Eis que Ricardo Peixoto mais uma vez nos leva a fazer uma imersão em seu universo, um mar revolto de cores, formas, artífices de lembranças e histórias. O criador e suas criaturas. “Impressos – Orgânicos, Interplanetários & Avulsos” está em exposição no Museu Casa de Cultura Hermano José, em João Pessoa, até o dia 10 de julho, das 8h às 16h. Entrada gratuita.

Cartazes, postais, grafismos, imagens sobrepostas, colagens, escritos são os catalisadores imagéticos que podem ser vistos na mostra. Há muito de processo de estudo e muito da intuição e vivência de Ricardo Peixoto que, pelo menos, há mais de 25 se dedica com desenvoltura ao audiovisual.

Neste mais recente conjunto de obras, nos vemos e reencontramos em várias referências. Passado e futuro se fundem e nos deparamos com um presente que é exatamente isso: uma busca desesperada e urgente pela ancestralidade e o que vamos fazer com essa informação. Usar a contemporaneidade para nos transpor a esse lugar ou não-lugar parece ser um caminho viável.

Quando saímos ilesos de um espaço provocador, seja como espectadores ou como sujeitos de mudanças do que está em nossa volta, algo está errado. É o que não acontece nesta exposição. No mundo líquido como coloca Bauman, pensar é cada vez mais efêmero. Mas ainda somos capazes.

A exposição é uma realização da @ensaiobrasil, com apoio a da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (Proex) e do @MCCHJ, que fica situada à rua Poeta Luiz Raimundo Batista de Carvalho, 805, no Jardim Oceania.

_{Fotos: Ricardo Peixoto}

_{*Rogéria Araújo é jornalista, produtora cultural e artivista. Atuou em diversos veículos de comunicação e fanzines. Escreve sobre música, séries, cinema, novelas gráficas e cultural pop em geral. É colecionadora de versões de Stella by Starlight e transita pelos mundos, tranquilamente, com coturnos e botas. É autora da coluna Só Para os Raros.}

_{Contato: @so_para_os_raros e soparararoscontato@gmail.com}