BAFAFÁ ECONOMIA: O Pix pegou de vez! Adeus o troco em moedinhas?

Joca Peixoto*

“Quem não se movimenta
não sente as correntes
que o prendem.”

Autor desconhecido

E o Pix pegou de vez!

Quando a gente pensava que não poderia surgir mais nenhuma novidade sobre formas de pagamento, eis que surgiu o Pix! E a pergunta que a maioria fazia à época do lançamento era: será que é seguro? Pois bem, pelo número de transações efetuadas via pix e divulgada pelo BC que só aumenta mês após mês combinado com o número de TED/DOC em queda todo mês, sem dúvidas que o Pix como meio de pagamento veio para ficar.

Há riscos de fraudes, inseguranças, etc… Claro que sim, mas qual forma de pagamento não tem seus riscos frente aos criminosos de plantão? Todo cuidado é pouco, um deles é limitar o valor do seu Pix. Por exemplo, o meu tem um limite de um mil reais. Se precisar fazer uma transação maior altero no meu banco e depois de feito volto para o limite anterior, além de o próprio BC limitar os valores nos finais de semana e entre as 20 horas e 6 horas.

Sem dúvidas com a bancarização cada vez maior da população, principalmente depois do advento do auxilio emergencial durante a pandemia com as chamadas contas sociais, até os autônomos de pequenos serviços e pequenos comerciantes já aceitam Pix. Hoje já é possível ir a praia sem dinheiro, basta levar seu celular e já será possível comprar sua cerveja ou sua água-de-coco. Ganham todos. 

Mais recentemente foi autorizado a fazer o Pix programado e daí surge o golpe daqueles que são bandidos por natureza. Faz-se o Pix programado como se fosse para o momento, mostra ao vendedor e depois cancela. Aí já é outra historia, é coisa de bandido!! Portanto, muito cuidado ao receber um Pix de uma pessoa desconhecida sua. Fique atenta a data da transação.

E com isso as moedinhas vão desaparecendo aos poucos… Tenho observado (através de estudo de caso próprio) o quanto esse fenômeno vem acontecendo. Desde 2019 comprei pra mim um pote de vidro (para ficar vendo a evolução da riqueza) para juntar moedinhas e contar no final do ano e conforme foto que ilustra essa coluna está chegando a outubro e nem 1/6 dele foi preenchido pelas moedas, diferentemente dos anos anteriores onde nesse mesmo período já estava quase cheio. O que só confirma o quanto a bancarização fez com que o dinheiro em espécie parasse de circular. Segundo estudo divulgado pelo BC, desde o advento do Pix já caiu cerca de 5% o volume de circulação de dinheiro em espécie e não é pouca coisa. Em novembro passado havia 358 bilhões de reais em cédulas e moeda circulando no país, em setembro deste ano caiu para 342 bilhões. 

Sempre tive o hábito de fazer pequenas doações (não gosto do termo esmola) aos pedintes, seja na porta de supermercado, semáforo, nas calçadas, etc, mas esse exercício está cada vez mais difícil pela falta de moedas em minha posse. Tive que trocar as moedinhas pela cédula de R$ 2,00. Não posso parar o hábito de doar uma parte dos meus ganhos com quem mais precisa.

Lembre-se: Se deu certo comigo dará certo com você também. Adquira esses hábitos prazerosos: Poupar, investir e doar.

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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*Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos.