RONY SANTOS lança (RE) VERSO DA PALAVRA no próximo dia 18 em João Pessoa

O lançamento será no dia 18, em João Pessoa, mas o livro já está disponível no site da Arribaçã Editora. Fotos: Divulgação

Augusto Magalhães

Bafafanoticias – O professor e poeta Rony Santos celebra nesta quinta-feira, 3, o lançamento virtual no sítio da Arribaçã Editora (http://arribacaeditora.com.br) do seu primeiro livro de poemas intitulado (Re) Verso da Palavra.

O lançamento presencial vai acontecer no dia 18 de agosto, às 19h00, na sede da União Brasileira de Escritores na Paraíba (UBE-PB), localizada na Av. Rio Grande do Sul, 1411, em João Pessoa.

Com o lançamento virtual, a partir de hoje o livro ja está disponível para aquisição no site da editora Arribaçã. O endereço é o seguinte: http://www.arribacaeditora.com.br/re-verso-da-palavra/

Livro de estreia do poeta paraibano, com poemas que traçam um perfil diferente da cidade de João Pessoa e de seu centro histórico. Segundo Políbio Alves, “Rony Santos é o desbravador das miudezas cotidianas, no sentido exato / inexato das coisas vertebradas / invertebradas. Já se desgarrando, sem decoro, dos homens e dos objetos”. A obra tem arte final da capa de João Damasceno e projeto gráfico de Luis Carlos Kehrle.

Veja o que o poeta Sérgio de Castro Pinto escreveu sobre (Re) Verso da Palavra

Alguns poetas tematizam o longe, o distante, ora em termos geográficos, ora em termos metafísicos. Foi assim, por exemplo, com os poetas da chamada Geração 45, cuja maioria quase absoluta privilegiava paisagens europeias em detrimento da realidade nacional. Outras vezes, lançavam mão de um discurso etéreo, evanescente, que não adquiria contornos definidos, na medida em que convertiam o estado onírico em núcleo temático da poesia.

Pois bem, o eu-lírico de “(Re)verso da palavra” é um voyeur daqui mesmo, do aqui e do agora, da carnadura (ou da ossatura?) do real, das ruas, vielas e becos de João Pessoa, cidade que ele visita, peripateticamente, na condição de testemunha de uma época em que o homem é degradado à condição de reles objeto da história.

Poesia urbana por excelência, a de Rony Santos possui uma dicção amarga, cética, bem em consonância com a distopia que move um verdadeiro cerco ao homem contemporâneo. Não se trata, porém, de uma poesia panfletária, tribunícia, mas de uma poesia que quase sempre observa, deixando ao leitor a última palavra, a palavra final, sobre o assunto objeto das especulações do eu-lírico.

Resta-me concluir dizendo que só agora descobri o poeta Rony Santos, pois, antes,   só sabia do professor competente, interagindo com a turma de igual para igual, uma vez que ele sabe que todos nós ensinamos aprendendo, aprendemos ensinando, espécie de pedra de toque de todo docente que se preze.

Sérgio de Castro Pinto é poeta e escritor paraibano