CONFRARIA tem apresentações culturais nesta sexta em JP

A Confraria de Malagrida tem várias manifestações culturais nesta sexta-feira. Fotos: Reprodução banners/Divulgação

Augusto Magalhães

A Confraria de Malagrida está pronta para mais uma edição. As escadarias ao lado da antiga Faculdade de Direito, na Praça João Pessoa, recebem nesta sexta-feira, 26, a partir das 16h00, artistas e manifestações culturais de vários segmentos como teatro, cinema, poesia, lançamento de livros e feira cultural.  

Nesta edição haverá apresentação do Grupo Aja Mulher (Mulheres Batuqueiras), Mestra Zefinha da Muriçoca (Lapinha), música com Carlytto Campos e apresentação do documentário “Papa Rabo”, de Omar Brito, entre outras atrações culturais. A programação está em banner no final da matéria.

Como tudo começou

“A rua Gabriel Malagrida, popularmente conhecida como beco é o nosso Pelourinho Urbano, um local ausente dos olhares midiáticos e sobretudo dos poderes públicos de nosso Estado, resistência pela invisibilidade estética dos personagens que fazem a história da cidade antiga de Parahyba desde o final do século XVII”, explica a ativista cultural Ednamay Cirilo, mentora do projeto da Confraria de Malagrida.

Ela explicou que esse foi o lugar onde transitou por décadas Gabriel Malagrida, Jesuíta da Companhia de Jesus da Coroa de Portugal, que ajudou a construir nosso Colégio dos Jesuítas parahybano e a cuidar do povo sertanejo menos favorecido.

A partir de 03 de dezembro de1993 Ednamay Cirilo Leite hasteou sua bandeira de lutas ocupando o território com o Bar Boteco Anjo Azul na casa 54, sede dos blocos Anjo Azul e As Anjinhas do Anjo Azul, criando a Confraria de Malagrida.

O que é a Confraria?

É um movimento artístico cultural anarquista e independente, onde cada Confreira e Confrade tem destaque intelectual e vida pública individual no ambiente do fazer cultura e todos e todas num mesmo propósito de cobrar Políticas Públicas para a conservação da memória material e imaterial do local tombado pelo IPHAN X IPHAEP, transformado em estacionamento privado dos servidores da Assembleia Legislativa e empresários da área.

“Falta segurança diurna e noturna, as facções dominam o tráfico ilícito pondo em risco a vida dos habitantes e transeuntes, o emaranhado de fios na entrada do beco pode explodir a qualquer vento mais forte e queimar o acervo cultural da própria Assembleia Legislativa”, denuncia o movimento Confraria de Malagrida.