A SELIC e o trabalhador

Quando somos influenciados pela opinião alheia,
abrimos mãos dos nossos próprios desejos.
Napoleon Hill

Joca Peixoto

Quando a gente pensa que já ouviu de tudo, aparecem os economistas do Banco Central que culpam a diminuição do desemprego aliada ao aumento do valor dos salários a uma possível causa da volta da inflação!

Isso mesmo! Para esses economistas neoliberais, o crescimento do emprego e da renda do trabalhador, impactará na alta de preços, o que força o Copom do BC a não programar um ritmo maior de cortes na taxa básica de juros, a taxa SELIC!

Veja vocês que qualquer país do mundo estaria comemorando o aumento do emprego e da renda do trabalhador, aqui no Brasil não. Parece àquele pessoal que torce pelo quanto pior, melhor.

Segundo o economista Paulo Kliass “essa não é a primeira vez que essa análise ocorre e que a tese de frear o avanço do mercado de trabalho com altas taxas de juros é uma das loucuras dos neoliberais.”

Lá trás, o então ministro da ditadura Delfim Netto já defendia “vamos crescer o bolo para depois dividir.” O resultado todos nós conhecemos qual foi.

A elite financeira brasileira ainda não compreendeu ou finge não compreender que a riqueza de uma nação tem crescer juntos o patrão e o trabalhador, esse crescimento juntos irá trazer mais consumidores para comprar os produtos e serviços oferecidos pela classe produtiva. 

Qualificar e valorizar seus trabalhadores fará os mesmos produzir mais satisfatoriamente e consequentemente trará um maior retorno para a indústria, o comércio e a prestação de serviços como um todo.

A educação financeira nos ensina não só a economizar e investir parte do nosso salário como nos estimula a buscar alternativas para aumentar nossa renda familiar.

Não. Não somos nós os trabalhadores os culpados por eventual baixa ou alta da SELIC.

Na visão desses neoliberais menos desempregados significa que eles não podem pagar um salário mais baixo e salários pagos mais altos significa um impacto nos custos e consequentemente uma diminuição nas margens de lucro. E o impacto social? Bem, essa parte não interessa a eles.

Quanto a você caro (a) leitor (a) continue sua jornada de poupar e investir, pois cada vez mais, mais que nunca precisamos estar preparados para o futuro que nos espera.

FELIZ PÁSCOA!

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos