Augusto Magalhães

Assim como acontece com vários artistas brasileiros, a cantora paraibana Cátia de França está sem exercer seu ofício desde o início da pandemia e passa por um período complicado financeiramente.

Como não tem acesso a programações em teatros, tampouco participa de eventos com sua arte, já que a maioria dos eventos foi cancelada, um grupo de amigos da cantora está organizando uma live que será apresentada por Cátia com a participação de Juzé.

A live será nesta quinta-feira (22), às 19h30, através dos canais: @catiadefrancaoficial e @juuzeh

A sugestão dos organizadores é que o público faça uma doação no valor mínimo de R$ 10,00 (Dez Reais) como uma espécie de couver artístico ou cachê que será repassado para a cantora.

As doações podem ser feitas por transferência bancária para Catarina Maria de França Carneiro, CPF 362.905.647-49, Banco do Brasil, Agência 3396-0 e Conta 19.635-5. Outra opção é utilizar a transferência através do PIX, cuja chave é catiadefranca1302@gmail.com

A produtora Dina Faria, lembrou que esse tipo de show através de live para arrecadar dinheiro para um artista é algo que está se popularizando com a pandemia e não quer dizer, necessariamente, que o artista esteja extremamente necessitado ou passando fome. ” É preciso esclarecer algumas coisas porque a notícia da live está ganhando proporções um pouco exageradas e gerando muito questionamentos”, disse.

“Cátia fará, sim, uma Live na próxima quinta-feira. A contribuição através de transferência bancária é livre e será, claro, extremamente bem-vinda. Uma artista como Cátia de França quer trabalhar e ver seu trabalho reconhecido. Ter um cachê simbólico de bilheteria para um show virtual será muito importante, sempre”, escreveu a produtora Dina Farias em uma rede social.

Ela disse ainda que “Cátia está como qualquer outro artista e trabalhador da cultura: fazendo contas e com pouca agenda de shows, porém não está passando por necessidades financeiras extremas. Tem obviamente dificuldades como milhões de brasileiros, mas não é uma situação grave. Então se preparem para uma Live linda como sempre Cátia faz e contribuam da forma que puderem, mas tranquilizem-se um pouco quanto às questões financeiras”, destacou.

“Cátia agradece do fundo do coração e quer muito voltar o mais depressa ao palcos, para ter seu trabalho reconhecido e dignidade como trabalhadora da cultura, recebendo seu cachê e, claro, trabalhando e recebendo por isso, como qualquer outro trabalhador, Por issom vacinem-se para podermos voltar aos shows com público e, até lá, assistam a Live de Cátia”, concluiu a produtora.

Sobre a artista

Cátia de França , cujo nome de batismo é Catarina Maria de França Carneiro (João Pessoa, 13 de fevereiro de 1947) é uma cantora e compositora brasileira.

Desde menina, Cátia aprendeu a dominar instrumentos como o piano, a sanfona e o violão. Mais tarde se interessou pelos estudos da flauta e percussão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner.

Na década de 1960 participou de festivais de música popular, época em que viajou à  Europa com um grupo folclórico do qual participava. De volta ao Brasil, foi para o Rio de Janeiro, onde contatou outros músicos nordestinos, como  Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. Mais tarde, foi parceira de palco de Jackson do Pandeiro durante a primeira versão do Projeto Pixinguinha em 1980.

O primeiro LP solo, 20 Palavras ao Redor do Sol, foi lançado em 1979 com músicas compostas com base em poemas de João Cabral de Melo Neto. Uma música da cantora foi trilha sonora do filme Cristais de Sangue, de 1975.

Em cerca de 40 anos de carreira, Cátia gravou três LPs: Vinte Palavras ao Redor do Sol, Estilhaços e Feliz Demais, e dois CDs: Avatar (com participações de Chico César e Xangai) e Cátia de França canta Pedro Osmar, no qual ela demonstra a força criativa da música paraibana.

Cátia também adentrou pelo mundo da  literatura e das artes plásticas, com destaque para os livros Zumbi em Cordel, Falando de Natureza Naturalmente (infantil) e Manual da Sobrevivência, um resgate de sua trajetória pessoal e profissional.

_{Redação Bafafá com textos publicados nas redes sociais/whatsapp e wikipédia}