Vamos negociar

“Não fiquem devendo nada a ninguém.

A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros.”

Paulo de Tarso

Joca Peixoto

Olá meus caros (as) leitor (as), espero que tenham curtido o carnaval (para quem gosta) ou descansado e passeado para os que não gostam. Mas, enfim um feriadão desses ninguém dispensa não é mesmo?

Com dizem que o ano no Brasil só começa após o carnaval vamos aos fatos que não podemos ignorar.

Passado o verão, o carnaval, de fato começa o ano, e vem também uma série de compromissos financeiros de final de ano, inclusive aquelas contas vencidas recentes e principalmente as mais antigas. 

E como negociar? Segue a seguir alguns passos imprescindíveis para começar a negociação.

O primeiro passo é conhecer a dívida. Saber o que é o principal dela e quantos de juros e multa se está cobrando em cima.

Reconhecido o principal vamos à multa e aos juros. Segundo o Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 5, parágrafo 1º, nele proíbe expressamente que as multas ocasionadas por atraso pelo não pagamento na data pactuada sejam estipuladas acima de 2% a.m. acima é abusiva e ilegal.

Com relação aos juros, recentemente entrou em vigor no dia 03/01/2024 a regra que determina que os juros cobrados pelas Administradoras de Cartão de Crédito não poderão ultrapassar 100% da fatura em atraso. Ou seja, se sua dívida no cartão for de R$ 1.000,00 não deverá ser cobrado de você um valor superior a 2x esse valor, ou R$ 2.000,00. Quem nunca foi surpreendido com os valores antes cobrados pelas Administradoras?

Se sua dívida não é no cartão de crédito, procure informações no contrato que gerou sua dívida. Achando que está abusiva, tente negociar, não obtendo êxito procure informações e ajuda no PROCON de sua cidade.

Mas lembre-se: Se for negociar mais de uma dívida ao mesmo tempo é bom ficar ciente que no final do mês terá que desembolsar o somatório de todas as parcelas dos acordos feitos.

Não comprometa mais que 30% da sua renda para pagar dívidas.

E deixe o cartão em casa.

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos