Vamos falar de juros

O momento atual é de retração ao consumo.
Entendo o quanto isso é prejudicial à economia.
Mas, é nossa realidade.
Joca Peixoto

Joca Peixoto

No preâmbulo resumo muito do momento econômico atual.

O Banco Central confirmou mais uma vez essa semana a manutenção da Taxa SELIC – nossa taxa básica da economia – a 13,75% a.a., capitaneada pelo seu presidente Campos Neto e sua equipe.

Continuamos a praticar a maior taxa básica real do mundo e isso parece não incomodar nem um pouco os senhores do BC, provavelmente porque a inflação deles seja muito, muito diferente da ampla maioria dos brasileiros.

E tudo isso acompanhado e aplaudido de perto pela turma do mercado financeiro, aquela turma que ganha dinheiro a frente do computador. 

Desde que comecei a estudar educação financeira aprendi que o sonho de todo investidor é encontrar um investimento relativamente seguro que pague 1,00% a.m.. E advinha o que o BC está fazendo? Pronto, temos uma importante fatia de poder no país aplaudindo de pé (ou melhor, sentado em suas confortáveis poltronas) a política monetária do país.

Isso explica porque a grande mídia e a maioria das vozes econômicas do Brasil não se rebelaram contra a política de juros do país. 

Acontece que com esses juros estratosféricos e sem justificativas aceitáveis, a economia, a geração de emprego, a renda e novos investimentos, tudo isso está paralisado em nosso país. 

Entendo como certo o protesto do governo Lula quando reverbera as taxas praticadas pelo BC. Ora, segundo o presidente, os técnicos tem que fazer a equação da taxa de juros aliadas com as necessidades de crescimento do país com repercussão na geração de emprego e renda e controle da inflação.

Não se trata de politizar a economia, mas de trazer o pobre para dentro do orçamento, pra dentro da economia real do Brasil.

Infelizmente, o momento é de retração ao consumo até o BC sensibilizar e incluir o crescimento econômico e o pobre nos cálculos da taxa SELIC.  

Adquira esses hábitos prazerosos: Poupar, investir e doar.

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos