Taxa SELIC a 13,75%

Juros altos só interessam ao rentista. 
Ademais, prejudica a economia como um todo.
Joca Peixoto

Joca Peixoto

Mantida a taxa Selic de 13,75% ao ano os juros reais vão a 6,94% o que faz com que o Brasil tenha a maior taxa de juros real do mundo! Não é pouca coisa. Esse absurdo inclusive ultrapassa toda a barreira do bom senso econômico e posição política de cada cidadão, comerciante ou empresário político.

E porque estamos passando por isso? Com a independência do Banco Central, o que era pra ser um indicativo de uma boa condução da política monetária brasileira se transformou numa cilada para uma disputa política (isso mesmo) entre o BC e o governo federal.

Enquanto o governo federal tenta levar sua política econômica por um caminho o BC caminha exatamente no sentido contrário. Só que tem um detalhe como bem lembrou o presidente Lula: 

– Eu fui eleito pela maioria do povo brasileiro para conduzir a política econômica, o presidente do BC, não!

O que temos hoje é uma inflação de demanda, não de oferta. Ou seja, temos produtos e serviços sobrando e escassez de demanda (pessoas interessadas em consumir).

Com os maiores juros do mundo a indústria e o comércio não conseguem financiar e oferecer crédito aos seus consumidores.

Com os juros mantidos nesse patamar, o BC ainda sinalizou que os manteria ou até aumentaria nas próximas reuniões do Copom. Em breve a indústria e o comércio não poderão tomar empréstimos nos bancos para expandir seus negócios, suas vendas, simplesmente porque não haverá comprador!

A FIESP e a própria FEBRABAN já estão alertando sobre o risco do calote e da inadimplência.

A manutenção da taxa SELIC a 13,75% e uma inflação de 5,70% levará o país a uma recessão se mantida essa taxa no decorrer do ano.

Daí a pergunta: A quem interessa esses juros? Não é bom para ninguém. Quer dizer, é bom para alguns (os rentistas), uma minoria em detrimento a ampla maioria do povo brasileiro.

O tempo dirá a serviço de quem o presidente e os diretores do BC estão e com certeza não estão a serviço do país.

Lembre-se: Se deu certo comigo dará certo com você também. Adquira esses hábitos prazerosos: Poupar, investir e doar.

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos