É DA PARAÍBA: Lorena Teles prepara projetos e deve voltar à cena paraibana em breve

Atriz Lorena Teles (E) em cena de “O Auto de Deus”, onde atuou como “Maria Madalena”. Foto: arquivo pessoal

Augusto Magalhães

O Bafafá Notícias estreia um quadro em que vai prestigiar e contar a história de paraibanos nas artes, nos esportes ou qualquer outra área que tenham atuado ou ainda estejam atuando com destaque.

Pra começar, vamos conhecer a história da atriz Lorena Teles, que passou um tempo trabalhando na Europa, mas está de volta para realizar novos projetos em João Pessoa.

É DA PARÁIBA/LORENA TELES

Lorena Teles faz falta no palco! Ela não está em cena, mas mantém o foco nos trabalhos voltados para a arte, seja como técnica, seja como professora. Agora, está prestes a mostrar seu talento novamente ao público, pois pretende regravar cenas do curta ‘Vidas Amargas’, ainda não lançado, sob direção de Marcos Veloso.

Há exatos 30 anos ela iniciava, ainda que instintivamente, Lorena iniciou uma carreira promissora no teatro. Em 1991, estudante do ensino médio, Lorena Teles reuniu um grupo de amigos e amigas de classe e dirigiu seu primeiro espetáculo infanto-juvenil, intitulado ‘Luzes, câmeras, ação!’, com apresentações no teatro Lima Penante.

Lorena Teles

Pronto! Estava plantada a semente que fez brotar belos trabalhos como atriz em vários espetáculos da cena teatral paraibana, sendo dirigida por diretores como Geraldo Jorge, Roberto Cartaxo e Tarcísio Pereira.

Os percursos da vida a fizeram se afastar por um tempo dos palcos, indo trabalhar fora do Brasil e construir uma nova trajetória, mas Lorena Teles jamais esqueceu o teatro e está de volta a João Pessoa, onde pretende retomar projetos importantes e dar novo impulso à sua carreira artística.

Vamos relembrar um pouco? Depois daquela experiência inicial  na escola, Lorena decidiu procurar um curso de teatro para aperfeiçoar sua arte na prática e adquirir conhecimento teórico.  Em 1993 frequentou a oficina de teatro do Lima Penante e sob a direção de Mônica Macedo, participando do elenco do espetáculo de conclusão de curso, o infantil ‘O enigma de Cid’.

A partir de então, o teatro passou a fazer parte do cotidiano da atriz, que em 1995, a convite do diretor Tarcísio Pereira, integrou o elenco do espetáculo ‘Um dia serei Suzana – a estória de um cabaré’, espetáculo com o qual percorreu cidades da Paraíba e também do Sul do Brasil, quando apresentou-se no festival universitário de Blumenau – SC, recebendo elogios por sua atuação da mesa julgadora.

Foi também em 1995 que atuou no espetáculo infantil ‘O casamento de Dona Baratinha’, sob a direção de um dos mais renomados diretores paraibanos, Geraldo Jorge.

Lorena como “Maria Madalena”

Depois disso, novos trabalhos foram surgindo e sua participação na Paixão de Cristo ao ar livre em João Pessoa era uma constante. “A convite do diretor de teatro Roberto Cartaxo, atuei durante quatro anos como Maria Madalena no espetáculo ‘Auto de Deus’, participando também paralelamente da equipe de cenotecnia, sob a supervisão do saudoso Valdemar Dornelas”, lembra.

Lorena faz questão de reconhecer em Valdemar Dornelas, um grande mestre, que lhe ensino tudo sobre cenotecnia. “Ele foi o responsável por tudo o que aprendi nessa área. Era interessante porque  ele mesmo dizia que eu era a primeira mulher a fazer parte de uma equipe de cenotecnia na Paraíba”, relembra.

Em 1999, participou do espetáculo ‘A Prece dos Malditos’, sob direção de Roberto Cartaxo, quando foi indicada ao prêmio de melhor atriz na Mostra estadual de teatro da Paraíba e na Mostra de teatro de Betim-MG.

Ainda em 1999, atuou no espetáculo ‘A bagaceira, em um projeto dirigido por Roberto Cartaxo, projeto este voltado para apresentações de obras literárias para pré-vestibulandos. Por fim, participou também da cenotecnia e contrarregragem do espetáculo ‘Auto de Natal, no Rio Grande do Norte, também sob direção de Roberto Cartaxo.

No ano 2000, atuou no espetáculo ‘No caminho das sombras’, sob direção de Roberto Cartaxo e Gilson Gondim e após uma pausa de dois anos ausente da Paraíba, por questões profissionais. Retornou à cena, então como stand by da atriz Christiane Torloni no espetáculo ‘Auto de Deus’, em 2004.

Ao longo de todo esse tempo, participou de comercias e campanhas televisivas, a exemplo da campanha ‘Ninguém engravida sozinho’, do Coletivo Cunhã (1999), dentre outros.

Por fim, após um longo período de 12 anos residindo na Europa , em países como a Suíça e a Itália, retornou aos palcos em 2017 na remontagem do espetáculo ‘Um Dia Serei Suzana, sob direção do saudoso Roberto Cartaxo.

Atualmente, a atriz está prestes a regravar cenas do curta ‘Vidas Amargas’, ainda não lançado, sob direção de Marcos Veloso.

Experiência como diretora

Paralelamente ao período o qual atuou no Auto de Deus, entre 1998 e 2001, Lorena Teles dirigiu em 1998 a esquete ‘Lamentos de Joana / Gota d’agua’, espetáculo este premiado por melhor direção, melhor espetáculo, melhor ator e melhor iluminação no festival comunitário do SESC.

Neste mesmo ano, passou a integrar a equipe técnica da Cia. Paraibana de Comédia, na qualidade de sonoplasta, operando a sonoplastia do espetáculo ‘Como enlouquecer um homem, direção de Edilson Alves.

Cenas de várias montagens de “O Auto de Deus”, a Paixão de Cristo de João Pessoa, que tiveram a participação de Lorena. Fotos: Arquivo pessoal

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