Começando a jornada financeira

Não precisa de muito dinheiro
para iniciar sua vida financeira.
Precisa sim,
de muita força de vontade.
Joca Peixoto

Joca Peixoto

Todos nós em algum momento de nossa vida escutamos de nossos pais, amigos ou professores que devemos poupar não é mesmo?

Agora, o que não nos ensinaram é que poupar não significa necessariamente “guardar” apenas dinheiro na poupança.

Já vai longe o tempo que “guardar” dinheiro na poupança era vantajoso, rentável ou que ganharia da inflação ao final do mês, quiçá do ano. Se fizer uma busca rápida no Google ou em sites ou canais especializados é fácil constatar a veracidade dessa informação.

Mas, então o que fazer? Bom, aí é que entra a tão falada educação financeira que é o que nos move aqui.

Desde cedo aprendemos na escola sobre operações financeiras básicas, raiz quadradas, etc que são operações hoje que estão ao alcance de nossas mãos através da calculadora do nosso smartphone.

No entanto naquela época não nos ensinaram a lidarmos com o dinheiro, entender o que significa e que ele poderá ser finito ou não e principalmente ensinar-nos que é preciso não só poupar, mas, saber investir também.

Ok, o tema Educação Financeira é um tema novo, também concordo, mas então porque já tendo ouvido falar sobre o assunto insistimos tanto em repetir os erros do passado?

A resposta é: Além da falta de interesse sobre o assunto, temos a nosso desfavor o que chamamos de “O Poder do Hábito”, tão bem descrito por Charles Duhigg em sua obra com o mesmo nome.

Outra obra bastante interessante sobre o tema é do brasileiro PHD Paulo Vieira e seu livro O Poder da Ação. Em ambas obras os autores falam da importância de criar o hábito de ser feliz, viver, poupar e investir pensando sim, no seu futuro.

Ah, eu vou é aproveitar sabe lá o dia de amanhã !” Já deve ter ouvido essa frase quando você trás o tema a uma roda de amigos ou em reunião de família! Eu também já ouvi e não foi uma única vez. Acontece que esses que adotam essa frase serão os mesmos que no futuro dependerão da caridade do governo (via previdência oficial) ou da ajuda dos familiares em especial dos filhos… E não custa lembrar que quem se aposenta pela previdência oficial (INSS) passa a ganhar menos do que ganhava na ativa.

O primeiro passo é aprender a viver com menos do que ganha, parece lógico, mas, as maiorias das pessoas não o fazem, trabalhei em banco por 32 anos e era rotina a seguinte situação ao atender um (a) cliente:

“- Pois não, em que posso ajudar?

– Queria saber se poderia tomar um empréstimo. Preciso terminar uma obra lá em casa sabe, a família cresceu tô fazendo um quartinho no quintal e preciso de cinco mil para terminar.

– Ok. A senhora deu sorte, o sistema liberou até dez mil para a senhora.

– Posso tirar tudo? Então me dê!”

E assim, apesar de minha orientação em contrário para limitar seu empréstimo a sua necessidade, foi contraído o empréstimo máximo sem se preocupar com os juros cobrados, prazo, etc, pagando ao final do empréstimo mais que o dobro… e o final todos já sabem como termina não é? 

A história acima demonstra que o ganho imediato supera o que podemos enfrentar de dificuldade por causa de nossas ações em relação ao dinheiro.

Criar o hábito de viver com menos do que ganha significa adequar suas despesas ao seu orçamento, ou seja, viver com 90% da sua renda e aí sim, poupar e investir os 10% restante pensando no seu futuro e no da sua família.

Aliás, quem me segue aqui aos domingos já está professor no assunto… 

Adquiram hábitos prazerosos: Poupar, investir, agradecer e doar.

Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal.  

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos