A invasão da Ucrânia e os nossos investimentos

“O ser humano tem que criar juízo
e resolver suas divergências em uma mesa de negociação,
não em campos de batalha“.
Luiz Inácio Lula da Silva

Joca Peixoto

É preciso entender que numa economia globalizada como a nossa todo e qualquer movimento bélico será sentido em maior ou menor escala por todos os países do mundo.

            Por trás dos reais motivos de uma guerra, desde os tempos medievais, o que sempre estava em jogo? Terras mais produtivas, riquezas da época (ouro, prata), expansão territorial, domínio das riquezas naturais, etc só pra ficar em alguns exemplos.

            O que difere das guerras que temos conhecimentos através dos livros da atual Invasão da Ucrânia? Pouca coisa.

            Atualmente existem 193 países internacionalmente reconhecidos pela ONU, com territórios, governos e relações econômicas consolidados. Já é, digamos, um rateio digamos mais que suficiente de equilíbrio de forças, etnias, línguas e independência política e militar.

            A OTAN foi criada após a Segunda Grande Guerra para unir os países europeus e os EUA contra a URSS durante a chamada Guerra Fria. No entanto a Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética que ocorreu em 26 de dezembro de 1991. O fim da URSS foi resultado da grande crise econômica e política que atingiu aquele país a partir da década de 1970.

            Então porque a OTAN, não foi extinta também se o motivo causal da sua existência já não assombrava mais? Pelos mesmos motivos do inicio das guerras antes descritas acima.

            Essa bipolaridade entre capitalismo x comunismo é apenas uma cortina de fumaça. A verdadeira guerra hoje é pelo poder econômico imposto através do poder bélico.

            Primeiro como diz o preâmbulo deste artigo, às negociações e divergências devem ser resolvidas na mesa, não em campos de batalha.        Segundo, vocês conhecem alguma guerra recente entre duas potencias equivalentes? Não, não é! Eu também não. É sempre uma maior esmagando o menor sobre a ótica de quem interessa a narrativa dos fatos: a mídia.

            Sendo a Ucrânia e a Rússia grande exportadores de grãos, fertilizantes e petróleo no mundo, com certeza em breve seus efeitos (assim que os estoques começarem a rarear) chegarão a nossa mesa.

            Num mundo globalizado não existe neutralidade numa guerra, ou uma nação é contra ou é a favor. O bom senso diplomático recomenda que o princípio da soberania nacional seja respeitado. Quando um país soberano invade outro país soberano, será sim chamado de invasor.

            Dito tudo isso, oriento a você amigo (a) leitor (a) que siga o pensamento de Warren Buffett: “Preço é o que você paga, valor é o que você leva.”

            Reavalie seus investimentos, onde está aplicando, seja em renda fixa ou variável, veja os possíveis efeitos econômicos que a guerra poderá trazer para suas aplicações, seja nas empresas que possuem ações, seja na variação dos juros mundiais que poderão oscilar seus rendimentos para cima ou para baixo.

            Por último, acompanhe o desenrolar da guerra por mais de um meio de comunicação, veja também as mídias independentes e lembre-se: Numa guerra não existe dois lados bons ou maus. Ambos sobrevivem a custa um do outro.

            Lembre-se: Se deu certo comigo dará certo com você também. Adquira esses hábitos prazerosos: Poupar, investir e doar.

            Conclusão: Para torna-se verdadeiramente rico e independente financeiramente é preciso pensar e agir como tal. 

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Joca Peixoto é economista e escreve aos domingos

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